Mitos e Verdades

Existem vários mitos em torno da doença celíaca e da dieta isenta de glúten e, por isso, a APC desmistifica aqui alguns tópicos bastante comuns.
Quanto mais informação acerca da doença celíaca, melhor será a compreensão e aceitação por parte da sociedade!

MITO! A menção de “sem glúten” só nos informa isso mesmo e não que é “mais saudável”.

O ser “mais saudável” ou não depende do tipo de produto e o tipo de alimentação que se tem.

Uma alimentação saudável deve ser completa, variada e equilibrada, privilegiando o consumo de hortícolas, frutas, cereais, tubérculos e com um baixo consumo de alimentos com alto teor em gordura e açúcar.

Desta forma, os alimentos naturalmente isentos de glúten fazem parte de uma alimentação saudável, pelo que uma alimentação isenta de glúten pode ser considerada saudável. No entanto, também pode não o ser se existir um consumo elevado e sistemático de alimentos industrializados/processados, com alto teor de gordura saturada e açúcar.

MITO!

A doença celíaca foi descoberta em 1888, pelo pediatra Samuel Gee e, em 1969, foram propostos critérios de diagnóstico e tratamento pela Sociedade Europeia de Gastroenterologia e Nutrição Pediátrica (ESPGAN).

O que pode induzir neste erro de se considerar “uma moda” é o aumento elevado de diagnósticos nos últimos anos, que se deve ao aumento do conhecimento da doença, bem como dos meios para se realizar um melhor diagnóstico.

Atualmente, a alimentação sem glúten tem ganho maior visibilidade, em consequência do aumento da adesão por parte da população em geral. No entanto, esta é uma decisão pessoal que, contrariamente ao que acontece com a DC, é uma escolha e não uma terapêutica.

DEPENDE.

É verdade que os produtos industrializados isentos de glúten (massas, pão, bolachas, farinhas, …) são substancialmente mais caros do que os mesmos produtos contendo glúten. No entanto, se optar por uma alimentação naturalmente isenta de glúten, esta não sofre alterações em comparação com o padrão alimentar mediterrâneo.

Desta forma, privilegie uma alimentação naturalmente isenta de glúten, opte por fazer o seu pão e bolos em casa com farinhas naturalmente isentas, para que não tenha um custo acrescido.

MITO!

Apesar da carga genética ser um fator condicionante da ocorrência da doença entre familiares diretos, ter um progenitor com doença celíaca não é um fator determinante para ter um filho com doença celíaca. Existe sim, um aumento da predisposição e probabilidades de um progenitor celíaco ter filhos com a doença, pelo que deve informar o pediatra e estar atento aos possíveis sintomas.

MITO!

Visto ser uma doença crónica, é uma doença para toda a vida. Logo, o tratamento, a Dieta Isenta de Glúten, também será para toda a vida. Ao eliminar o glúten da sua alimentação de forma permanente não deixa de ser celíaco, mas deixa de estar doente, porque o seu intestino vai regenerar e o organismo recupera das lesões.

No entanto, ao ingerir glúten, mesmo que em quantidades mínimas, independentemente de ter sintomas, irá desencadear um processo inflamatório com a produção de anticorpos, o que lhe irá trazer consequências graves à saúde.

FACTO.

Com a implementação e cumprimento rigoroso da Dieta Isenta de Glúten, é possível regenerar o intestino e é expectável que a sintomatologia associada à doença também desapareça. Desta forma, um indivíduo portador de doença celíaca tratada é considerado um indivíduo saudável e não tem alterações da qualidade de vida.

MITO!

Na doença celíaca, a ingestão de glúten provoca sempre a ocorrência de respostas inflamatórias e a produção de anticorpos que reagem como agressores ao organismo e afetam os diferentes órgãos. Apenas a eliminação do glúten permite a recuperação do organismo e a regeneração do intestino. Desta forma, ao ingerir glúten “de vez em quando” não irá permitir que este processo de regeneração ocorra, havendo uma constante lesão.

A longo prazo, o não cumprimento da Dieta Isenta de Glúten, poderá dar origem a carências nutricionais constantes e aumentar a probabilidade de desenvolver outras patologias associadas à doença celíaca não tratada.

Por isso, não, não deve ingerir glúten de forma propositada, independentemente da quantidade ou do número de vezes.

MITO!

Não existem graus de doença celíaca.

A única diferenciação da doença é a existência de maior ou menor lesão no intestino, e essa sim, é medida através de uma escala, a classificação de Marsh.

De notar, sintomatologia não é sinónimo de mais ou menos lesão, existem celíacos com sintomatologia silenciosa que continuam com lesões no intestino.

MITO!

Primeiro, salientar que só é possível realizar um diagnóstico de doença celíaca quando se introduz o glúten na alimentação da criança. Esta introdução deve ser realizada entre os 4 e os 12 meses de idade.

Em segundo lugar, a amamentação é aconselhada sendo a mãe celíaca ou não, uma vez que a quantidade de glúten no leite materno não é significativa para desencadear alguma reação, mesmo num lactente que tenha uma predisposição elevada para a doença celíaca (com algum dos progenitores celíacos).

FACTO.

As leguminosas são um grupo de alimentos naturalmente isentos de glúten e que devem fazer parte de uma alimentação saudável, equilibrada e diversificada.

Algumas considerações a ter em atenção:

  1. Pode e deve incluir leguminosas na sua alimentação, são uma boa fonte de proteína e diversas vitaminas e minerais, com um baixo teor de gordura!
  2. Evite a compra a granel, pelo risco de contaminação cruzada. Opte sempre pelas leguminosas embaladas!
  3. Quando optar pelas farinhas de leguminosas, tenha sempre muita atenção à leitura do rótulo. Dado ser um alimento que sofre um processamento, já não está em natureza, logo, a probabilidade de estar contaminado é maior.

DEPENDE.

Os lacticínios são um grupo de alimentos naturalmente isentos de glúten. No entanto, alguns podem conter ingredientes com glúten na sua composição.

  1. Leite e iogurte
    • O leite e iogurte simples/naturais são naturalmente isentos de glúten, seguros de serem consumidos, sempre!
    • O que tem que ter em atenção é quando se trata de leites ou iogurtes com adições (leite achocolatado ou com aromas; iogurtes com pedaços, cereais, etc.), em que sim, já é provável que possa conter glúten e tem que proceder à leitura do rótulo para fazer essa verificação.
  2. Queijo
    • Também o queijo é naturalmente isento de glúten, como os menos processados, queijo fresco e requeijão. No entanto, em alguns queijos existe a adição de amidos.
    • Prefira sempre os queijos embalados em detrimento dos pedidos ao balcão e proceda à leitura do rótulo na embalagem;
  3. Manteiga
    • As manteigas “normais” são seguras, mas tenha em atenção às manteigas magras/light/com redução de gordura, porque a maioria tem adição de amidos devido à redução do teor de gordura.

FACTO.

O grupo das proteínas animais (carne, peixe, ovos) é naturalmente isento de glúten. No entanto, quando este grupo sofre algum tipo de processamento pode deixar de ser seguro.

  • Atenção a todos os preparados de carne e peixe (carne picada, hambúrgueres, almôndegas, rolos de carne, panados, filetes, barrinhas de peixe, etc), pois a grande maioria tem adição de pão ralado e/ou farinhas com glúten;
  • Opte por pedir ao balcão do talho que façam a carne picada/hambúrgueres e assegure-se que as máquinas são utilizadas apenas para a carne e que não utilizam enchidos nas mesmas.

MITO.

O grupo das gorduras (azeite, óleo de girassol, banha) é naturalmente isento de glúten. Desta forma, são seguras de serem consumidas, quando em natureza!

O que tem que ter em atenção é aos óleos de fritura:

  • Assegurar que naquele óleo apenas são fritos produtos sem glúten;
  • No caso das batatas fritas, assegurar que estas são caseiras, uma vez que as pré-congeladas podem ter adição de farinhas ou amidos com glúten.

2023

MITO! A menção de “sem glúten” só nos informa isso mesmo e não que é “mais saudável”.

O ser “mais saudável” ou não depende do tipo de produto e o tipo de alimentação que se tem.

Uma alimentação saudável deve ser completa, variada e equilibrada, privilegiando o consumo de hortícolas, frutas, cereais, tubérculos e com um baixo consumo de alimentos com alto teor em gordura e açúcar.

Desta forma, os alimentos naturalmente isentos de glúten fazem parte de uma alimentação saudável, pelo que uma alimentação isenta de glúten pode ser considerada saudável. No entanto, também pode não o ser se existir um consumo elevado e sistemático de alimentos industrializados/processados, com alto teor de gordura saturada e açúcar.

MITO!

A doença celíaca foi descoberta em 1888, pelo pediatra Samuel Gee e, em 1969, foram propostos critérios de diagnóstico e tratamento pela Sociedade Europeia de Gastroenterologia e Nutrição Pediátrica (ESPGAN).

O que pode induzir neste erro de se considerar “uma moda” é o aumento elevado de diagnósticos nos últimos anos, que se deve ao aumento do conhecimento da doença, bem como dos meios para se realizar um melhor diagnóstico.

Atualmente, a alimentação sem glúten tem ganho maior visibilidade, em consequência do aumento da adesão por parte da população em geral. No entanto, esta é uma decisão pessoal que, contrariamente ao que acontece com a DC, é uma escolha e não uma terapêutica.

DEPENDE.

É verdade que os produtos industrializados isentos de glúten (massas, pão, bolachas, farinhas, …) são substancialmente mais caros do que os mesmos produtos contendo glúten. No entanto, se optar por uma alimentação naturalmente isenta de glúten, esta não sofre alterações em comparação com o padrão alimentar mediterrâneo.

Desta forma, privilegie uma alimentação naturalmente isenta de glúten, opte por fazer o seu pão e bolos em casa com farinhas naturalmente isentas, para que não tenha um custo acrescido.

MITO!

Apesar da carga genética ser um fator condicionante da ocorrência da doença entre familiares diretos, ter um progenitor com doença celíaca não é um fator determinante para ter um filho com doença celíaca. Existe sim, um aumento da predisposição e probabilidades de um progenitor celíaco ter filhos com a doença, pelo que deve informar o pediatra e estar atento aos possíveis sintomas.

MITO!

Visto ser uma doença crónica, é uma doença para toda a vida. Logo, o tratamento, a Dieta Isenta de Glúten, também será para toda a vida. Ao eliminar o glúten da sua alimentação de forma permanente não deixa de ser celíaco, mas deixa de estar doente, porque o seu intestino vai regenerar e o organismo recupera das lesões.

No entanto, ao ingerir glúten, mesmo que em quantidades mínimas, independentemente de ter sintomas, irá desencadear um processo inflamatório com a produção de anticorpos, o que lhe irá trazer consequências graves à saúde.

FACTO.

Com a implementação e cumprimento rigoroso da Dieta Isenta de Glúten, é possível regenerar o intestino e é expectável que a sintomatologia associada à doença também desapareça. Desta forma, um indivíduo portador de doença celíaca tratada é considerado um indivíduo saudável e não tem alterações da qualidade de vida.

MITO!

Na doença celíaca, a ingestão de glúten provoca sempre a ocorrência de respostas inflamatórias e a produção de anticorpos que reagem como agressores ao organismo e afetam os diferentes órgãos. Apenas a eliminação do glúten permite a recuperação do organismo e a regeneração do intestino. Desta forma, ao ingerir glúten “de vez em quando” não irá permitir que este processo de regeneração ocorra, havendo uma constante lesão.

A longo prazo, o não cumprimento da Dieta Isenta de Glúten, poderá dar origem a carências nutricionais constantes e aumentar a probabilidade de desenvolver outras patologias associadas à doença celíaca não tratada.

Por isso, não, não deve ingerir glúten de forma propositada, independentemente da quantidade ou do número de vezes.

MITO!

Não existem graus de doença celíaca.

A única diferenciação da doença é a existência de maior ou menor lesão no intestino, e essa sim, é medida através de uma escala, a classificação de Marsh.

De notar, sintomatologia não é sinónimo de mais ou menos lesão, existem celíacos com sintomatologia silenciosa que continuam com lesões no intestino.

MITO!

Primeiro, salientar que só é possível realizar um diagnóstico de doença celíaca quando se introduz o glúten na alimentação da criança. Esta introdução deve ser realizada entre os 4 e os 12 meses de idade.

Em segundo lugar, a amamentação é aconselhada sendo a mãe celíaca ou não, uma vez que a quantidade de glúten no leite materno não é significativa para desencadear alguma reação, mesmo num lactente que tenha uma predisposição elevada para a doença celíaca (com algum dos progenitores celíacos).

FACTO.

As leguminosas são um grupo de alimentos naturalmente isentos de glúten e que devem fazer parte de uma alimentação saudável, equilibrada e diversificada.

Algumas considerações a ter em atenção:

  1. Pode e deve incluir leguminosas na sua alimentação, são uma boa fonte de proteína e diversas vitaminas e minerais, com um baixo teor de gordura!
  2. Evite a compra a granel, pelo risco de contaminação cruzada. Opte sempre pelas leguminosas embaladas!
  3. Quando optar pelas farinhas de leguminosas, tenha sempre muita atenção à leitura do rótulo. Dado ser um alimento que sofre um processamento, já não está em natureza, logo, a probabilidade de estar contaminado é maior.

DEPENDE.

Os lacticínios são um grupo de alimentos naturalmente isentos de glúten. No entanto, alguns podem conter ingredientes com glúten na sua composição.

  1. Leite e iogurte
    • O leite e iogurte simples/naturais são naturalmente isentos de glúten, seguros de serem consumidos, sempre!
    • O que tem que ter em atenção é quando se trata de leites ou iogurtes com adições (leite achocolatado ou com aromas; iogurtes com pedaços, cereais, etc.), em que sim, já é provável que possa conter glúten e tem que proceder à leitura do rótulo para fazer essa verificação.
  2. Queijo
    • Também o queijo é naturalmente isento de glúten, como os menos processados, queijo fresco e requeijão. No entanto, em alguns queijos existe a adição de amidos.
    • Prefira sempre os queijos embalados em detrimento dos pedidos ao balcão e proceda à leitura do rótulo na embalagem;
  3. Manteiga
    • As manteigas “normais” são seguras, mas tenha em atenção às manteigas magras/light/com redução de gordura, porque a maioria tem adição de amidos devido à redução do teor de gordura.

FACTO.

O grupo das proteínas animais (carne, peixe, ovos) é naturalmente isento de glúten. No entanto, quando este grupo sofre algum tipo de processamento pode deixar de ser seguro.

  • Atenção a todos os preparados de carne e peixe (carne picada, hambúrgueres, almôndegas, rolos de carne, panados, filetes, barrinhas de peixe, etc), pois a grande maioria tem adição de pão ralado e/ou farinhas com glúten;
  • Opte por pedir ao balcão do talho que façam a carne picada/hambúrgueres e assegure-se que as máquinas são utilizadas apenas para a carne e que não utilizam enchidos nas mesmas.

MITO.

O grupo das gorduras (azeite, óleo de girassol, banha) é naturalmente isento de glúten. Desta forma, são seguras de serem consumidas, quando em natureza!

O que tem que ter em atenção é aos óleos de fritura:

  • Assegurar que naquele óleo apenas são fritos produtos sem glúten;
  • No caso das batatas fritas, assegurar que estas são caseiras, uma vez que as pré-congeladas podem ter adição de farinhas ou amidos com glúten.

2021

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